A matéria-prima fundamental das joias

Conheça mais sobre o ouro, seus diferentes teores e tonalidades.

Hoje vou me desviar um pouco dos assuntos mais históricos e "filosóficos" que escrevi nas Newsletters anteriores e fazer algumas considerações mais técnicas sobre as joias. O tema de hoje é a matéria-prima fundamental da joalheria: o ouro.

Começaremos pelo básico: o que é uma joia? A resposta pode ser polêmica, para quem gosta de polemizar, mas, no fundo, todos sabemos qual é. Sua avó jamais erraria, ela está no nosso senso comum. Acontece que hoje vemos tantos conceitos sendo distorcidos, ganhando novos significados, então, é válido deixar tudo claro e organizado para vocês.

Se eu disser “vou te dar uma joia”, o que você espera? Algo precioso, não é? Imagino que a primeira coisa que venha a sua mente seja o ouro. Uma peça feita de ouro, essa é a nossa referência de preciosidade. Joia é um adorno feito com um metal nobre, precioso: ouro, prata ou platina, que pode ter ou não gemas incluídas no seu design.

Mas hoje vemos também pessoas dando o nome de joias a trabalhos de design, pela proposta artística que eles têm (o que, de fato, pode acabar trazendo um alto valor monetário à peça). Então, por exemplo, um brinco feito de latão (que não é um metal nobre) e que tem a assinatura de algum design, pode ser chamado de joia por alguns, pode ter um valor agregado pelo design, pela arte. Mas, a rigor, não é uma joia.

Dentre os metais preciosos que citei (ouro, prata, platina), o ouro é o mais tradicional no Brasil. Mesmo assim, na minha caminhada como designer de joias, já me surpreendi, inúmeras vezes, com muitas mulheres que não sabiam quase nada sobre o assunto. Elas não faziam ideia de como o ouro, que é amarelo, poderia se tornar branco, ou rosa. Algumas até pensavam que era simplesmente uma questão de dar banho para mudar a coloração da peça.